quarta-feira, 5 de junho de 2024

Imperialismo do Século XIX: Uma Análise Histórica

Definição de Imperialismo

O termo "imperialismo do século XIX" refere-se à política e à prática de expansão territorial, econômica e cultural por parte das potências europeias, bem como dos Estados Unidos e do Japão. A conquista e colonização de áreas na África, Ásia e Pacífico marcaram esta expansão. Para extrair recursos naturais, dominar mercados para seus produtos manufaturados e exercer influência política e cultural, os países imperialistas tentavam dominar outras nações.

                                Análise da Charge do Chinês Furioso com as Nações Imperialistas

Uma charge bem famosa da época mostra um chinês furioso cercado por figuras de países imperialistas como o Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e Japão, cada um deles tentando tirar um pouco do "bolo" que representa a China. Esta imagem representa como a China foi humilhada e explorada durante o "Século das Humilhações", que durou de 1839 a 1949. A China foi alvo de intervenções estrangeiras, perdeu territórios e foi obrigada a assinar tratados insatisfatórios que favoreciam as potências estrangeiras. A frustração e a raiva do chinês na charge mostram a resistência e o ressentimento dos povos colonizados contra a invasão imperialista.

 Países Imperialistas do Século XIX

O século XIX viu uma intensa corrida imperialista liderada por várias potências europeias:

- Reino Unido: Saiu na frente como a maior potência imperialista, controlando vastos territórios na África, Índia, América do Norte e Oceania. O Império Britânico era tão extenso que se dizia que "o sol nunca se punha" em suas possessões.

- França: Também estabeleceu um vasto império, particularmente na África e no Sudeste Asiático, com colônias importantes como a Argélia e a Indochina Francesa.

- Alemanha: Embora tenha unificado tardiamente (em 1871), rapidamente se lançou na corrida imperialista, adquirindo territórios na África (como Togo, Camarões e Namíbia) e no Pacífico.

- Portugal e Espanha: Tiveram um papel menor no século XIX em comparação com seus esplendores coloniais anteriores, mas ainda mantinham possessões importantes em África e Ásia.

- Bélgica: Controlava o vasto e rico Congo, administrado pessoalmente pelo Rei Leopoldo II em condições extremamente brutais.

- Estados Unidos e Japão: Tornaram-se potências imperialistas mais tarde, com os EUA expandindo-se para o Pacífico e o Caribe, e o Japão anexando territórios na Ásia Oriental.

Relação entre Capitalismo e Imperialismo

O fenômeno imperialista do século XIX esteve intimamente ligado ao desenvolvimento do capitalismo industrial. As economias europeias, em rápida industrialização, necessitavam de novas fontes de matérias-primas, mercados para seus produtos manufaturados e oportunidades de investimento para seu excedente de capital. A expansão imperialista oferecia essas oportunidades ao fornecer acesso direto a recursos naturais, novos mercados consumidores e campos para investimento. 

A ideologia do imperialismo também foi alimentada por uma crença na superioridade cultural e racial europeia, justificando a dominação de outros povos sob o pretexto de "civilizar" e "modernizar" sociedades consideradas atrasadas.

Migração Africana para a Europa: Resultado do Imperialismo

Atualmente, as migrações africanas para a Europa são influenciadas por uma variedade de fatores, incluindo econômicos, políticos e sociais. Os conflitos armados, a violência, a perseguição política e as dificuldades econômicas são as razões pelas quais muitos africanos fugiram de seus países. Milhares de pessoas migraram para a Europa em busca de segurança e melhores condições de vida de países como Somália, Eritreia, Sudão do Sul e República Democrática do Congo, onde há guerras e instabilidade prolongadas.

Mas a travessia é extremamente perigosa. Muitos migrantes tentam fugir por caminhos ilegais, enfrentando o deserto do Saara e cruzando o Mar Mediterrâneo em embarcações muito danificadas. Muitas pessoas morrem no caminho, infelizmente. Aqueles que conseguem chegar à Europa geralmente acabam em campos de refugiados, como os da Grécia, que têm condições ruins e superlotação. Os migrantes geralmente chegam nesses campos para aguardar a análise de seus pedidos de asilo.

A obtenção de um visto para ficar legalmente na Europa é um processo complicado e lento. Os solicitantes de asilo devem demonstrar que são perseguidos em seus países de origem e que, se voltassem para lá, sua vida estaria em risco. Mesmo assim, muitos pedidos são rejeitados e os migrantes correm o risco de ser deportados. A crise humanitária persiste devido a políticas migratórias restritivas e pressão populacional crescente.

Por fim, enormes dificuldades e ameaças impulsionam as migrações africanas para a Europa. A resposta da Europa à crise é complexa e envolve tanto o esforço para melhorar a integração e a assistência humanitária quanto o esforço para controlar e administrar o fluxo migratório de maneira humana e eficiente.

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